segunda-feira, março 16, 2009

O que é uma Igreja Confessional ?

Por confessional entende-se que é aquele que sempre confessa aquilo que crê. Nesse sentido, todas as igrejas, bem como todos os crentes, são “confessionais”; isto é, formulam uma “confissão de fé”, geralmente verbal, todas as vezes que afirmam crer ou não crer em determinados princípios. Estranhamente ouvimos “membros”, presbíteros, diáconos e até pastores fazendo a seguinte afirmação acerca dos “princípios confessionais” adotados oficialmente pela IPB: “Meu negócio é a Bíblia, não quero saber de mais nenhum outro livro”. Longe de ser essa uma afirmação espiritual, é, antes, extremamente contraditória, pois essas mesmas pessoas se aventuram a opinar sobre os mais diversos temas das Escrituras e mesmo sem nunca terem estudado, seriamente, o assunto, formulam, prontamente sua “confissão de fé”: “Eu penso assim ou eu não acredito dessa maneira!”. E os pastores? O que fazem quando pregam, se não uma verdadeira “confissão de fé” daquilo que estão crendo ser a interpretação correta!?

A questão é: a qual das “confissões de fé” devemos dar crédito? A confissão de fé que tem sido regularmente formulada por pessoas reconhecidamente despreparadas e que estudaram tais assuntos, apenas superficialmente (quando estudam) ou à confissão de Fé de Westminster, formulada por cerca de 121 dos maiores e melhores teólogos que a história já conheceu, em sete meses de calorosas discussões?

A confissão de Fé de Westminster nada mais é que a “interpretação oficial” e que a IPB entende como sendo correta e coerente das Escrituras Sagradas, sobre assuntos como: contemporaneidade dos dons e suficiência das Escrituras, livre arbítrio, casamento, divórcio, etc. Em síntese, é a posição oficial da IPB sobre esses e muitos outros assuntos.

A Constituição da IPB, no artigo 28 dos Princípios de Liturgia, estabelece que nenhum presbítero, nenhum diácono e nenhum pastor, pode ser eleito e/ou ordenado se não subscrever os símbolos de fé da IPB, entre eles a Confissão de Westminster; ou seja, não podem ser eleitos/ordenados aqueles que acreditam diferentemente da interpretação oficial da IPB, vejamos: “Art.28: Os presbíteros e diáconos assumirão compromisso na reafirmação de sua crença nas Sagradas Escrituras como a Palavra de Deus e na lealdade à Confissão de Fé, aos catecismos e à Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil”.

Mas, Parafraseando o dito paulino: “como subscreverão a Confissão de Fé de Westminster, adotada pela IPB como a real exposição das escrituras, se não a conhecem? Contudo, devemos lembrar: a falta de conhecimento das leis de trânsito, por exemplo, não isenta o motorista desavisado de ser punido com multa. Da mesma forma, os Presbíteros, Pastores e Diáconos precisam, urgentemente, parar de dar suas “próprias opiniões” (sem o devido aprofundamento); precisam adquirir e estudar a Confissão de Westminster ou então abdicar de seus ofícios. Essa falta de conhecimento dos símbolos de fé da IPB está transformando nossa igreja numa imensa colcha de retalhos. Lembremos do que nos ensinou o Senhor: “Um reino dividido contra si mesmo não subsiste” (Mc 3:24).