terça-feira, junho 24, 2008

FESTAS JUNINAS E CRISTIANISMO










Estamos na época das chamadas festas Juninas. Neste período do ano é muito comum ocorrerem nas escolas, empresas, comunidades as festas Juninas. Mas observamos que em alguns lugares existe uma obrigatoriedade sobre cristãos protestantes de participar destas festas. Em alguns ocorre até uma chantagem, como não obter nota na escola, ficar com o ponto cortado se for funcionário, etc.
Mas estas festas que são uma prática da Igreja Romana, tendo sua origem no paganismo e depois recebendo uma roupagem Romanista. Como é de conhecimento de todos, o Brasil foi descoberto pelos portugueses e por isso a tradição Romanista veio sobre nós em forma de danças, festas, as suas comemorações foram arraigadas em nossa tradição e folclore. A primeira festa de São João no Brasil em 1603 pelo Frade Vicente do Salvador que se referiu aos nativos que aqui se encontravam da seguinte forma: "os índios acudiam a todos os festejos dos portugueses com muita vontade, porque eram muito amigos da novidade, como no dia de São João Batista por causa das fogueiras e capelas". (Ib p.106 Mariza Lira). Segundo Afonso Martins: ” … durante o mês de junho, as festas romanas ganham um cunho profano com muito samba de roda e barracas padronizadas que servem bebidas e comidas variadas. Paralelamente as bandas de axé music se espalham pelas ruas das cidades baianas durante os festejos juninos”. Segundo ele “um fator fundamental na formação do sincretismo é que, de acordo com as tradições africanas, divindades conhecidas como orixás governavam determinadas partes do mundo. No catolicismo popular, os santos também tinham esse poder”. Assim, as festas juninas enredam-se pelos caminho da profanação, do sincretismo religioso e, sobretudo, da idolatria ao santos canonizados pela igreja romana. E a Palavra de Deus é clara acerca do assunto. Mesmo antes da decretação dos dez mandamentos o povo de Deus era orientado acerca do pecado da idolatria. Quatro séculos depois quando Moisés recebe de Deus o decálogo, Ele assim ordenou ao seu povo. “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás nem lhes dará culto; porque Eu sou o Senhor, teu Deus”. Que celebra a idolatria, venerando e adorando "santos" e imagens de escultura. Isso fere o direito de cada cidadão brasileiro, ao obrigá-los a participar de uma festa pagã - romanista.
Por isso todos os cristão que professam a verdadeira fé em Cristo devem rejeitar, reprovar e abster-se de participar destas festas pagãs-romanistas que nas palavras do apóstolo Paulo são banquetes a demônios (I Co 10.19-21). Por isso os cristãos estão livres de participar destas festas e obrigados pela Palavra de Deus a se abster das mesmas.

segue artigo publica pelo Rev. Misael, extraído de http://www.misaelbn.com/?p=240

Festas juninas e a liberdade cristã
This is my site Publicado por Misael em 23 junho, 2008 – 10:44 am

Festas juninas

Um cristão protestante pode participar de festas juninas? Três respostas têm sido dadas a esta pergunta. Primeiro, há os que dizem “sim”, uma vez que entendem as festas juninas como celebrações cristãs. Afirma-se, nesse caso, que estamos diante de festejos ligados a personagens bíblicos tais como João Batista, Pedro e Paulo e isso, por si só, legitima tais festas como integrantes do calendário cristão. Essa é a posição defendida pela Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR).

Outros respondem com um absoluto “não”. Entendem que o modo como o Catolicismo Romano ensina sobre os santos não é bíblico. A Bíblia não prescreve nenhuma festa ligada aos profetas ou apóstolos, muito menos a nenhum ser humano canonizado pela Igreja. Não há espaço para a crença em santos mediadores. Segundo as Escrituras “há um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5). Essa é a posição defendida pela maioria dos evangélicos conservadores e tradicionais.

Uma terceira resposta inicia com um “não”, afirmando que os cristãos protestantes devem afastar-se das comemorações romanistas das festas juninas e, ao mesmo tempo, finaliza com um “sim”, abrindo espaço para a realização de arraiais gospel — festas caipiras evangélicas. Essa posição tem sido defendida tanto pela maioria dos evangélicos neopentecostais quanto por alguns conservadores e tradicionais.

Aqui é recomendável lembrar as palavras do apóstolo Paulo:

Portanto, meus amados, fugi da idolatria. Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo. Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo. Considerai o Israel segundo a carne; não é certo que aqueles que se alimentam dos sacrifícios são participantes do altar? Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou provocaremos zelos no Senhor? Somos, acaso, mais fortes do que ele? (1Co 10.14-22).

Um dos fatos a destacar é que, no texto em questão, Paulo trata da participação dos cristãos em refeições realizadas em meio a rituais pagãos (Bíblia de Estudo de Genebra, p. 1357, 1357). Sua convicção é que a idolatria produz uma ligação espiritual — um vínculo com os demônios. Para o apóstolo, o problema não era que os crentes se sujeitavam a algum tipo de opressão demoníaca quando comiam coisas ligadas aos ídolos, mas que, ao fazerem isso, depreciavam sua comunhão com Deus, na Santa Ceia, ou seja, agiam de modo inconsistente com a aliança, e, deste modo, provocavam o “zelo” do Senhor (1Co 10.18-22).

Isso pode ser transposto à questão das festas juninas por meio de um argumento de quatro pontos, qual seja:

  1. A veneração aos santos da ICAR, por ferir não apenas a recomendação de 1Timóteo 2.5, mas também Êxodo 20.3-6, é idolatria.
  2. As festas juninas, ligadas à veneração dos santos romanistas, são idólatras.
  3. O cristão, de acordo com 2Coríntios 10.14, deve fugir da idolatria.
  4. Portanto, o cristão deve fugir das festas juninas.

Anteriormente eu até achava que não havia problema em uma criança pequena participar dos festejos juninos de sua escola. Hoje penso que o melhor é os pais explicarem a essa criança as razões pelas quais ela não participará da festa junina. É mais instrutivo, bíblico e edificante.

Mas, o que dizer da “alma caipira” que reside em nós, que nos motiva a acender fogueira, assar mandioca e batata-doce e comer bolo de fubá? Qual o problema, por exemplo, de realizar uma noite caipira ao som do Xote Santo e, quem sabe, até brincar inocentemente de quadrilha gospel? Ou criar uma “Festa dos Estados”, com barracas de comidas típicas ou algo semelhante, quem sabe até como estratégia para atrair visitantes?

Inicialmente, declaro meu respeito aos colegas pastores e irmãos em Cristo que não enxergam problemas na realização desses eventos. Eu mesmo já acreditei que isso podia ser feito sem prejuízos para o testemunho cristão e fiz isso de muito boa fé, com a alma sincera diante de Deus. No entanto, mudei de posição. Hoje, creio que a produção de versões gospel das festas juninas não é recomendável por algumas razões. Primeiro, porque o evangelicalismo está ficando saturado de versões gospel de tudo: Temos as boates gospel, as cantoras de axé gospel e até — para vergonha nossa! — o “créu” gospel. Chega de baboseiras! Não fomos chamados a imitar o mundo e sim a transformá-lo (1Jo 2.15-17).

Em segundo lugar, há outro problema denominado associação. É possível que, ao participar de uma festa junina gospel, sejam feitas associações com o evento original, de origem e significado pagãos — queiramos ou não, festas juninas estão ligadas às crenças da ICAR. Cristãos sensíveis podem sentir um desconforto inexplicável diante disso. Visitantes interessados nas crenças e práticas evangélicas exigirão explicações mais detalhadas sobre as razões da realização de tal noite caipira “calvinista”.

Sendo assim, parece-me mais adequado considerar as festas juninas gospel entre aquelas coisas que o apóstolo Paulo chama de lícitas, mas inconvenientes e não-edificantes (1Co 10.23). Nessas questão, pensemos primeiramente nos interesses do corpo de Cristo, e não nos nossos (1Co 10.24). Não sou contra comer bolo de milho, ou canjica, ou pé-de-moleque. Gosto de batata-doce assada na brasa e me delicio com um bom curau e uma música caipira de raiz. Desfrutemos dessas coisas, porém, na privacidade de nossos lares ou fora do contexto de festas caipiras nos meses de junho e julho. Não porque tais iguarias sejam pecaminosas em si, mas para evitar associações indesejáveis.

Somos livres para participar de festas juninas? Não. Ao participarmos de tais festas, nos ligamos em idolatria. Devemos realizar eventos caipiras gospel? Devemos participar de tais eventos? Também não. Nesse segundo caso, não porque haja idolatria envolvida, mas porque há o perigo de associações indesejáveis. O ideal é que fortaleçamos nossa identidade cristã, bíblica e protestante, desvinculando-nos de qualquer aparência do mal (1Ts 5.22).


1 Comments:

Anonymous Lucas said...

Parabéns,

Continue como um bom Presbiteriano!

quinta-feira, 21 maio, 2009  

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