quinta-feira, janeiro 04, 2007

“DIANTE DA NOÇÃO QUE TEMOS DO DEUS ÚNICO. OS IDÓLATRAS NÃO TÊM DESCULPAS.





“Não fareis para vós outros ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura nem coluna, nem poreis pedra com figuras na vossa terra, para vos inclinardes a ela; porque eu sou o SENHOR, vosso Deus.” Levítico 26:1

“Aborreces os que adoram ídolos vãos; eu, porém, confio no SENHOR.” Salmos 31:6

“Sejam confundidos todos os que servem a imagens de escultura, os que se gloriam de ídolos; prostrem-se diante dele todos os deuses.” Salmos 97:7

“Também está cheia a sua terra de ídolos; adoram a obra das suas mãos, aquilo que os seus próprios dedos fizeram.” Isaías 2:8

“pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro”1 Ts 1:9

“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.” 1 João 5:21



João Calvino nas Institutas da Religião Cristã diz:

“DIANTE DA NOÇÃO QUE TEMOS DO DEUS ÚNICO. OS IDÓLATRAS NÃO TÊM DESCULPAS.

Nosso objetivo, porém, é fazer uma síntese da doutrina geral. Observemos, primeiro, que as Escrituras, para dirigir-nos ao Deus verdadeiro, exclui e rejeita expressamente a todos os deuses inventados, visto que, por quase todos os séculos, a cada passo, a religião foi adulterada. Certamente, é verdadeiro o fato de que o nome do Deus único tem sido conhecido e celebrado por toda parte, pois mesmo aqueles que adoravam grande multidão de deuses, falaram frequentemente de acordo com o próprio sentido da natureza, usando simplesmente o nome de Deus, como se apenas um Deus único fosse suficiente. E isto Justino, o mártir com muita propriedade, compondo, para este fim, um livro intitulado A Monarquia de Deus no qual, por meio de muitas testemunhas, mostra que a unicidade de Deus está impressa no coração de todos. Tertuliano também, com base na linguagem comum, prova a mesma coisa.

Mas, em decorrência do fato de todos serem arrastados ou impelidos, pela vaidade, a falsas invenções, e assim terem embotado os seus sentimentos, tudo quanto pensarem do Deus único – em bases naturais - nada lhes valeu, senão que se tornassem indesculpáveis. Até mesmo os mais sábios de todos eles põem à mostra a divagação errante da própria mente, quando anseiam pela assistência de um Deus – qualquer que seja ele - , por isso, em suas preces invocam a divindades incertas. Acrescente-se a isso que, pelo fato de imaginarem que a natureza de Deus é múltipla – ainda que o seu sentimento, em relação à divindade, fosse menos absurdo do que o sentir do vulgacho em relação a júpiter, mercúrio, vênus, minerva e outros deuses - , mesmo os mais sábios não escaparam das enganosas sutilezas de satanás. E como já dissemos em outro lugar(nesta obra), todos e quaisquer artifícios que os filósofos imaginaram com argúcia, não diminuem o seu crime de apostasia, mas tornam evidente que a verdade de Deus foi corrompida por todos eles.

Por essa razão, o profeta Habacuque, onde condena a todos os ídolos, ordena que se busque a Deus no seu templo (2.20), para que os fiéis não admitissem outro Deus, a não ser aquele que se revelou por sua Palavra.”